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ESTANDARTE NACIONAL DO REGIMENTO DE COMANDOS
HERDEIRO DE TODAS AS TRADIÇÕES ATRIBUÍDAS ÀS UNIDADES DE COMANDOS
EM ANGOLA, NA GUINÉ, EM MOÇAMBIQUE E EM PORTUGAL

ESTANDARTE NACIONAL DO REGIMENTO DE COMANDOS
É O ESTANDARTE MAIS CONDECORADO DAS FORÇAS ARMADAS PORTUGUESAS
BANDEIRA NACIONAL
EVOLUÇÃO

D. AFONSO HENRIQUES (1143-1185) Há mais de 800 anos, o Condado Portucalense, então pertencente ao Reino de Leão, era governado por D. Teresa, viúva do Conde D. Henrique. Seu filho, Afonso Henriques, traduzindo um sentimento de independência, revolta-se contra a mãe, que afasta do governo, e deixa de obedecer à coroa de Leão, na sequência da Batalha de S. Mamede. É nesta altura, que D. Afonso Henriques toma como Bandeira uma Cruz Azul sobre fundo branco. Esta bandeira tem como base as armas do Conde D. Henrique, pai do primeiro Rei de Portugal, simbolizadas pela cruz em fundo de prata. Segundo a tradição, durante as primeiras lutas pela Independência de Portugal, D. Afonso Henriques teria usado um escudo branco com uma cruz azul, a exemplo de seu pai, o Conde D. Henrique, cujas armas eram simbolizadas pela cruz em campo de prata. |
D. SANCHO I (1185-1211) Mais tarde, após a derrota de cinco Reis Mouros, na Batalha de Ourique, por D. Afonso Henriques, é reconhecido o Reino de Portugal. Reza a lenda que as quinas são alusivas às 5 chagas de Cristo, pois consta que Cristo apareceu a D. Afonso Henriques em visão, crucificado, nessa mesma Batalha. Cinco escudetes, cada um carregado de onze besantes ou dinheiros de prata, dispostos em cruz, sendo três na parte vertical e dois na horizontal, representam assim os cinco Reis Mouros derrotados em Ourique, bem como o poder de cunhar moeda, ou seja, a não sujeição de pagar impostos a Rei estrangeiro. Foi esta a Bandeira Nacional, nascida na Batalha de Ourique. Nesta época, as armas eram representadas por cinco escudetes de azul em campo de prata, dispostos em cruz, os dos flancos deitados e apontados ao centro. Cada escudete era semeado com um número elevado e indeterminado de besantes de prata. Sobre a origem e simbolismo destes escudetes existem muitas teorias. Segundo as duas mais conhecidas, os escudetes aludem às cinco feridas recebidas por D. Afonso Henriques na Batalha de Ourique ou às cinco chagas de Cristo. |


D. AFONSO III (1248-1279)
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D. AFONSO III (1248-1279) Resumindo vários factos históricos, quando D. Afonso III consolida a conquista das Praças do Algarve aos Mouros, alargando as fronteiras do Reino, praticamente coincidentes com as atuais, a Bandeira Nacional é redefinida em função desses feitos, autenticando assim a posse do território algarvio, refundindo as armas Reais, colocando o Escudo Nacional sobre o do Algarve, e como este último era em campo vermelho, orlado de castelos, ficou a orla dos castelos descoberta, aparecendo em roda do Escudo Português, simbolizando a luta, a vitória, na qual foram sucessivamente implantados os castelos conquistados aos Mouros. Esta foi a terceira Bandeira Nacional. Com D. Afonso III as armas do reino receberam uma bordadura de vermelho, semeada com um número indeterminado de castelos de ouro, escolhida em lembrança do avô, D. Afonso III de Castela. A tendência de fixação de números, frequente em heráldica, levou a uma estabilização do número de besantes dos escudetes em cinco, dispostos dois, um, dois. |
D. JOÃO I (1385-1432) D. DUARTE (1433-1438) D. AFONSO V (1438-1481) Com a Morte de D. Fernando, ficando a viúva, D. Leonor de Teles, na regência do Reino e a sua única filha casada com o Rei de Castela, a independência de Portugal perigava. Grande parte do povo revolta-se, toma como chefe o filho bastardo de D. Pedro I, e nomeia-o Defensor e regedor do Reino, sendo mais tarde reconhecido como Rei das Cortes de Coimbra. Foi durante as primeiras horas da manhã do dia 14 de Agosto de 1385, segunda-feira, que o Exército Português se deslocou de Porto de Mós e ocupou a sua posição no esporão da Charneca do Planalto do Chão da Feira, naquela que foi a Batalha de Aljubarrota, e que ficou marcada pelo valor de uma Infantaria Firme, tenaz e aguerrida, enaltecendo o valor do Exército de Portugal. Eis então que nova alteração é introduzida na Bandeira Nacional. D. João I adicionou ao Escudo do Reino a Cruz de Avis, sobre a qual colocou as quinas. Sobre o fundo branco da bandeira anterior é colocada uma bordadura vermelha, símbolo da luta e da vitória, na qual foram sucessivamente implantados os castelos conquistados aos Mouros, sendo que por debaixo do escudo das quinas é possível ver as pontas floreteadas da Cruz da Ordem da Avis. São quatro lises que vêm ocupar o seu lugar junto dos castelos, no escudo inferior. Foi desta forma que em Aljubarrota surgiu a quarta Bandeira Nacional. Tinha também uma bordadura de vermelho semeada de castelos de ouro e sobre ela as pontas da cruz verde floretada da Ordem de Avis. |


D. JOÃO II (1481-1495) D. João II, o Príncipe Perfeito, mandou que fossem retirados das armas Reais os remates em flor-de-lis, e que se colocassem verticalmente as quinas laterais no Escudo Português, mantendo-se no entanto a bordadura de vermelho semeada de castelos de ouro, embora a tendência do seu número fosse de sete ou oito nas bandeiras utilizadas na época. |
D. MANUEL I Com o lançamento da epopeia dos descobrimentos, D. Manuel I, Rei de Portugal, altera de novo a bandeira. As armas foram fixadas em fundo branco. Tinham ao centro o Escudo Português com uma bordadura de vermelho carregada de sete ou oito castelos de ouro, e sobre ele foi colocada uma Coroa Real. |


D. SEBASTIÃO D. Sebastião, que haveria de conduzir o exército português à estrondosa derrota de Alcácer Quibir, onde ele próprio perdeu a vida, e posterior anexação do nosso país pela Espanha durante 60 anos, determinou que a coroa que se sobrepunha ao escudo passasse de aberta a fechada. |
D. JOÃO VI A Bandeira Nacional, até então branca com as armas Reais ao centro, sofre profunda alteração no Reinado de D. João VI, pela Lei de 13 de Maio de 1816, que adiante se transcreve, “pela União dos Reinos de Portugal, Brasil e Algarve”, o que implicitamente reduziu a um só o Escudo Real das Armas. E assim, ao determinar-se que o Reino do Brasil tivesse por armas uma esfera armilar de ouro em campo azul, foi o Escudo Real Português inscrito na mesma esfera com uma coroa sobreposta, constituindo as armas do Reino |


D. MARIA II (1834-1853) Na regência de D. Pedro IV, a Bandeira Nacional sofre nova alteração, instituída pelo Decreto de 18 de Outubro de 1830, da Junta Governativa da ilha Terceira, expedido pela Repartição da Guerra. |
Deposta a Monarquia, a 5 de Outubro de 1910, Portugal passa a constituir uma República. Foi então nomeada uma comissão para alterar a anterior Bandeira Nacional. A partir da sua proposta, a Assembleia Nacional Constituinte, em 19 de junho de 1911 e Publicado no Diário do Governo N.º 141, do mesmo ano, ratificou a atual Bandeira Nacional. Nela são simbolizados: (1) O Vermelho, da conquista do Algarve, da vitória, da luta e do sangue, derramado pelos Portugueses em todos os continentes do mundo. Cor combativa, quente, viril, por excelência. É a cor da conquista e do riso. Uma cor cantante, ardente, alegre (…). Lembra o sangue e incita à vitória; (2) O Verde, do pendão de Aljubarrota, da Esperança e do Futuro; (3) A Esfera Armilar, esfera do mundo, em grande parte descoberto pelos Portugueses, retrata a nossa epopeia marítima (…) feito culminante, essencial da nossa vida coletiva; (4) O Escudo, com: – Os sete castelos conquistados aos mouros no Algarve, continuam de pé, inabaláveis, de ouro e de glória num fundo de sangue ardente e generoso. Exprimem batalha, exprimem conquista. Hoje converteram-se em sentinelas calmas e vigilantes. Não hostilizam, guardam. Não acometem, defendem-nos; – As cinco quinas de Ourique, traduzindo a consciência de Portugal como Nação Livre e Independente; – Os cinco Besantes de Prata, em cada Quina representando a Cruz do Calvário, a das Cinco Chagas de Cristo, essa não morre, é o Abraço Divino e Imortal. |

BANDEIRA NACIONAL
HISTÓRIA

A NOVA BANDEIRA NACIONAL Após a implantação da República, os republicanos decidiram redefinir os símbolos nacionais, acompanhando, assim, a mudança de regime. |
ORIGEM A Revolução Republicana do 5 de Outubro de 1910 tinha subjacente um projeto de ressurgimento nacional. Para uma parte significativa dos republicanos, esse “começar de novo” passava pela substituição dos símbolos da Monarquia. Nesse contexto, uma das primeiras medidas do Governo Provisório foi a nomeação, a 15 de outubro de 1910, de uma comissão com a incumbência de criar uma nova Bandeira Nacional.
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COMO FOI ACEITE A aceitação da nova bandeira nacional não foi um processo pacífico nem imediato. No período que mediou entre a aprovação pelo Governo Provisório (29 de novembro de 1910) e o decreto da Assembleia Nacional Constituinte (19 de junho de 1911), gerou-se uma acesa discussão na sociedade portuguesa.
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O QUE SIGNIFICA A 29 de outubro de 1910, a Comissão da Bandeira concluiu um relatório onde justificou o projeto apresentado. O azul da bandeira monárquica ficava de fora por estar associado, dizia o relatório, ao culto de Nossa Senhora da Conceição: “[…] para nós, histórica e moralmente, o azul é uma cor condenada.” As novas cores nacionais seriam, pois, o verde e o vermelho, em conjunto com o branco e o dourado da parte central.
A crise do Ultimato terminaria, formalmente, em 1891, com a ratificação pelo Parlamento de um tratado anglo-luso, mas marcaria o final do regime monárquico em Portugal e a emergência do movimento republicano. (1) Sardica, José Miguel, “Ultimato britânico”. Dicionário de História da República e do Republicanismo. Volume 3, Lisboa, Assembleia da República, 2014, p. 1029-1030. |


É O ESTANDARTE MAIS CONDECORADO DAS FORÇAS ARMADAS PORTUGUESAS