ANGOLA

Página Anterior

ANGOLA

1962-1974

GÉNESE

Nos finais da década de 50 e na sequência do processo de Independência em curso em quase todas as colónias europeias em África, também em Portugal surgiu entre os responsáveis pelas Forças Armadas (F.A.) a ideia de preparar tropas, dotadas de treino e de conhecimentos capazes de fazer frente a um eventual surto de subversão que pudesse vir a acontecer nos nossos territórios ultramarinos. 


De entre algumas iniciativas conhecidas, há a registar o envio à Argélia de um grupo de Oficiais, a fim de tomarem contacto directo com as tropas especiais Francesas ali estacionadas e ainda um ciclo de palestras sobre a guerra subversiva e contra subversão conduzidas por alguns Oficiais Franceses, que para o efeito se deslocaram a Portugal.
De entre algumas iniciativas conhecidas, há a registar o envio à Argélia de um grupo de Oficiais, a fim de tomarem contacto directo com as tropas especiais Francesas ali estacionadas e ainda um ciclo de palestras sobre a guerra subversiva e contra subversão conduzidas por alguns Oficiais Franceses, que para o efeito se deslocaram a Portugal.
Como resultante directa destas iniciativas e do espírito subjacente a que elas conduziram, está a criação do C.I.O.E. (Centro de Instrução de Operações Especiais) em Lamego, responsável pela formação de Companhias,

de Caçadores Especiais com uma missão fundamentalmente virada para uma acção dissuasória e psicológica junto das populações, algumas das quais já se encontravam em Angola quando do eclodir do movimento de guerrilha em 04 de Fevereiro de 1961.

Embora se tivesse procedido a uma remodelação dos métodos de instrução das nossas tropas, cedo se tornou evidente a insuficiência dessa preparação pois que as características do terreno, do clima e da própria guerra subversiva exigiam dos nossos militares uma actuação completamente diferente, para a qual não estavam minimamente preparados e que. só baseada numa bem estruturada preparação moral e técnica, aliada a uma grande mobilidade, poderia surtir efeitos.

Todos estes atributos eram consentâneos com a ideia da formação de grupos Especiais já então latente, e que se veio a concretizar com uma primeira experiência feita na Região Militar de Angola — em Nóqui. Assim, e graças ao grande interesse depositado pelo então Comandante do Batalhão de Caçadores N.º 280, Tenente-Coronel Almeida Nave, e ainda aos conhecimentos transmitidos por um jornalista italo-francês — Cesare Dante Vachi — conhecedor das guerras da Indochina e Argélia, foram dois grupos do Batalhão 280 treinados em moldes completamente diferentes e inovadores, cujos excelentes resultados por certo contribuíram e pesaram na decisão da criação do Centro de Instrução n.º 21, destinado à preparação de grupos especiais, especialmente vocacionados para a luta antiguerrilha

1961

Em 1961 o General Venâncio Deslandes decidiu criar o Centro de Instrução N.º 21, destinado à preparação de grupos especiais, especialmente vocacionados para a luta antiguerrilha.

O C.I. 21 ficou instalado em Zemba, Sector F da Zona de Intervenção Norte, tendo sido nomeado seu Comandante o então Capitão de Infantaria Jasmins de Freitas, coadjuvado por Cesare Dante Vachi. A equipa de instrução era constituída pêlos então Capitães Ramalho e Marquilhas, Tenente Caçorino Dias, os Alferes Vasco Ramires, Raúl Folques, César Rodrigues, Vieira Pereira e os Alferes médicos Resina Rodrigues e Freire Águalusa.

A experiência e os resultados obtidos a partir do C.I. 21 tornaram o processo de formação de Comandos num factor irreversível. Assim, em 09 de Junho de 1963 e por despacho de 15 de Maio do mesmo ano, é inaugurado o Centro de Instrução N.º 16 ocupando as instalações do Quartel de Quibala na Fazenda Senhora da Hora.

Na Quibala Norte, onde pela primeira vez a designação «COMANDOS» assume carácter oficial sendo o curso aqui ministrado, reconhecido como o primeiro Curso de Comandos que terminou em 10 de Outubro de 1963.

O C.I. 16 foi oficialmente desactivado a 04 de Dezembro de 1963, sucedendo-lhe o Centro de Instrução N.º 25.


Nota 169/3 de 06 de Maio de 1963 da 3.3 REP/EME

1963

1964

Até aqui tinha-se procurado preparar «COMANDOS» a partir de pessoal oriundo de diferentes Batalhões e que a eles retornavam terminada a instrução, funcionando assim os Grupos de Comandos como Unidades de intervenção dos respectivos Batalhões a que pertenciam.

Decreto-Lei N.º 46410 de 29 de Junho de 1965

1965

Os bons resultados obtidos desde o início pelos Grupos de Comandos, o facto de já existir um programa de instrução e metodologia bem definidos, e um Corpo de Instrução experimentado e das necessidades da própria guerra, apontavam para a criação de Unidades de Comandos independentes, que veio a acontecer com a promulgação do Decreto-Lei N.º 46410 de 29 de Junho de 1965, que cria o CIC em Belo Horizonte em Luanda

Início da Página

COMPANHIAS DE COMANDOS PROJECTADAS

COMPANHIAS DE COMANDOS PROJECTADAS LISTA

Início da Página

CURSOS DE COMANDOS
MILITARES TOMBADOS
FILME

Início da Página

You cannot copy content of this page